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Entrevista | Darci de Matos cobra maior investimento federal em Santa Catarina

Por: Marcos Schettini
28/06/2022 15:44
Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Darci de Matos (PSD) concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Marcos Schettini e cobrou maior investimento do Governo Federal em Santa Catarina, afirmando que a União está em débito com os catarinenses, principalmente com a questão das rodovias federais.

Membro de importantes comissões na Câmara dos Deputados, o parlamentar de Joinville falou ainda sobre os trabalhos realizados nestes últimos anos e comentou quais os desafios o Brasil tem daqui em diante. Também, analisou a gestão de Adriano Silva na maior cidade de SC e confirmou que irá disputar novamente uma cadeira para deputado federal em outubro. Confira:


Marcos Schettini: O senhor participa da CCJ como 1º vice-presidente. O que SC ganha com isso?

Darci de Matos: É a mais importante comissão técnica da Casa. Por lá passam todos os projetos em tramitação. Tenho sido relator de muitos importantes, como o aumento do limite de faturamento das MEIs, pequenas e médias empresas. A importância é que, se depender de mim, absolutamente nada vai passar na CCJ que venha a prejudicar o Estado. E o inverso é verdadeiro: tudo que favorecer Santa Catarina terá meu irrestrito apoio. No meu entendimento, quando um parlamentar catarinense ocupa posição de destaque no Congresso Nacional, Santa Catarina ganha força política.


Schettini: Também faz parte de várias frentes parlamentares. Como funciona?

Darci de Matos: A frente parlamentar é suprapartidária e formada por deputados que defendem um determinado segmento da sociedade ou propostas comuns, buscando soluções dentro e fora dos órgãos públicos, além de debater propostas ouvindo representantes dos segmentos. Eu participo de várias, como a das micro e pequenas empresas, mas como presidente da Frente dos Bombeiros Voluntários, dos Lotéricos e da Apicultura e Meliponicultura do Brasil.


Schettini: O Brasil está afundando em crise? O que precisa ser feito?

Darci de Matos: Não estamos afundando em crise. Ela é sazonal e vem atingindo todos os países em consequência da pandemia e agora com a invasão russa à Ucrânia. Se nós tivemos uma inflação de 0,48% em maio, o que dizer da Alemanha que teve a maior inflação desde a sua unificação; e os Estados Unidos com 1%, a maior em muitas décadas. Eles estão afundando? Também não! A crise econômica é global. A Europa está com pelo menos 20% de seu abastecimento de gás comprometido. Isso significa menor oferta, maior o custo. Só quem conviveu com o inverno europeu sabe da importância do gás dentro de casa. Nós estamos fazendo o que está ao nosso alcance, aprimorando a legislação para gerar mais emprego e renda. Um dos maiores problemas é o reajuste dos combustíveis. Vamos apoiar a CPI da Petrobrás. Temos que aumentar o teto dos MEIs e das microempresas e fazer as reformas Tributária e Administrativa, para promovermos o crescimento econômico com desenvolvimento social.

Schettini: Como deputado federal, como o senhor vê o descaso de Jair Bolsonaro em relação a SC? Por que tanta indiferença?

Darci de Matos: É fato que nosso Estado não vem merecendo a devida contrapartida da União. Recebemos menos de 10% do que arrecadamos em impostos federais. Portanto, precisamos aprovar o pacto federativo que promove uma distribuição de recursos mais justa para os estados mais desenvolvidos. Apoio o presidente, mas com relação às rodovias federais, o governo está em débito com SC. Como integrante e agora presidente do Fórum Parlamentar, tenho colaborado para que esta injustiça não continue. Este ano, nos reunimos com Ministério da Infraestrutura e DNIT, a concessionária e as empresas contratadas, para acelerarem o ritmo das obras do contorno de Florianópolis e também nas duplicações e melhorias de nossas rodovias federais. Há um mês, eu trouxe o presidente Arthur Lira para um encontro com as entidades empresariais na Fiesc. Ele é que define a pauta na Câmara dos Deputados e tem sido um aliado de SC. Estamos trabalhando forte para aumentarmos as verbas no orçamento do próximo ano.


Schettini: O presidente da República não fez absolutamente nada pelo Estado. O eleitor vai levar isso em consideração em outubro?

Darci de Matos: Não concordo com o “absolutamente nada”. Já mencionei o contorno de Florianópolis, uma das maiores obras de engenharia em andamento no Brasil e que vai resolver o gargalo da BR-101 na Grande Florianópolis. Não faltaram recursos federais ao Governo do Estado durante a pandemia. Não fosse ela e agora a invasão russa, certamente teríamos muito mais em retribuição. Mas nosso eleitor sabe quem defende a família, quem acredita em Deus, quem é contra o aborto, acredita em um governo sem corrupção e aquele que respeita as liberdades e a Constituição.

Schettini: Por que Joinville está tão distante dos grandes debates nacionais e de SC?

Darci de Matos: Sobre os debates nacionais, garanto que Joinville está presente. Como vice-líder da maioria, vice-líder da quarta maior bancada na Câmara dos Deputados e vice-presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, tenho participado dos principais debates nacionais. Tenho participado constantemente do almoço na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, onde todas as questões nacionais são debatidas com os líderes. Já fui recebido algumas vezes pelo ministro Paulo Guedes para conversar sobre a política econômica. Não teremos candidato a governador e isso pode passar a impressão de que estamos fora dos debates no Estado.


Schettini: O senhor disputou a Prefeitura de Joinville. Isso quer dizer que sua avaliação sobre a gestão seria suspeita?

Darci de Matos: Jamais minha avaliação será suspeita em qualquer circunstância. Obviamente que, se tivesse vencido a eleição municipal faria uma gestão mais voltada para os bairros, principalmente na área da saúde, que infelizmente está muito ruim. Já elogiei publicamente a Prefeitura por ter definido, rapidamente, o afastamento de construções às margens do Rio Cachoeira e seus afluentes, conforme legislação federal em que fui relator. Desejo que o prefeito faça uma boa gestão. Torcer contra a administração municipal é torcer contra a minha cidade. Estou sempre à disposição do prefeito de minha cidade em Brasília.

Schettini: O PSD apoia Gean Loureiro com Eron de vice. Quem seria o nome ao Senado?

Darci de Matos: Estive afastado das negociações preliminares entre os partidos em razão de minha atividade na Câmara dos Deputados. Dediquei muito do meu tempo para estudar e relatar projetos na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, além de conciliar audiências nos ministérios com nossos prefeitos. Gean e Eron são meus amigos e fiquei feliz com a composição. Conheço a competência do Eron desde os anos que convivemos na Assembleia Legislativa. Quanto ao nome ao Senado é indiscutível o do Raimundo Colombo.


Schettini: Não é correto dizer que a vaga deveria ser de um nome com força eleitoral. O PSDB, por exemplo?

Darci de Matos: Não há outro nome para o Senado com força eleitoral maior do que Raimundo Colombo. Tenho certeza que a composição foi a melhor. Sobre o PSDB não posso falar, porque já disse que não participei das negociações entre os partidos.


Schettini: O senhor vai disputar qual cargo na eleição em outubro? Qual o motivo?

Darci de Matos: Optei em disputar a Câmara dos Deputados para ajudar a mudar o Brasil. Quem me ajudou com seu voto sabe que cumpri minha missão. Neste primeiro mandato conquistei um grande espaço em Brasília. Conheço como funciona a máquina administrativa federal e certamente os amigos que conquistei hoje serão ministros amanhã. Não é fácil ser um entre os 513 deputados federais com um pequeno gabinete num grande corredor. Com minha experiência poderei contribuir ainda mais para Santa Catarina, ficando ainda mais forte na Câmara dos deputados. Por isso sou candidato à reeleição.


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